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Nix 33.ART.BR

Insight

"No começo era o Caos. Não havia luz e também as trevas não existiam. Era o Nada, o vazio total. Nele o Grande Espírito existia sem consciência de sua própria existência. Não havia o Tempo, não havia o Amor, não havia nada. Mas a não-consciência do Grande Espírito não impedia sua existência, mergulhada em sono eterno, sono que pulsava em cadência de expansão e recolhimento.

E este movimento milenar começou a organizar o Caos em ondas de energia. E passou a existir a consciência dessa energia. (...)
 

A consciência da existência fez vibrar o Caos com intenção. Formou-se uma energia que se foi reunindo em negros agrupamentos. E assim surgiu Nix - a Noite; e Érebo - as Trevas inferiores. (...)
E foi assim que o Universo antes vazio, passaram a existir os irmão sombrios, unidos pela própria escuridão.

Nix e Érebo, tensionados em si mesmos, explodiram em luz e depois dessa explosão, numa lentidão que só acontece fora do tempo, Érebo mergulhou para sempre nas profundezas infernais e Nix, solta no Caos agora cheia de LUZ, começou a curvar-se até transformar-se numa esfera, que começou a vibrar, procurando expandir-se ainda mais. (...)

Nix pulsava e se expandia, mergulhada na luz. E teve a consciência de que a luz era o oposto que a completava. E na tentativa de expansão, na tentativa de tornar-se una com o éter luminoso, a esfera em que havia se transformado partiu-se ao meio e as duas metades se separaram. Do esforço único dessa separação nasceu Eros, o Amor. Amor energia, Amor ígneo que ocupou o Nada, impregnou o Universo despertando a semente da Vida.
O Amor uniu, por fim, luz e trevas."


 

 ("Olimpo - A Saga Dos Deuses" de Márcia Villas-Bôas)

 

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